Eu nunca gostei da cor da noite. O amarelo alaranjado das lâmpadas de vapor de sódio. Uma claridade que obscura elementos da cidade e dos homens.
Ontem eu li sobre os problemas da natalidade japonesa e imaginei uma história. Uma mulher que imigra para um país em rápido desenvolvimento. A mulher abandona suas tradições enquanto nas ruas o vapor de sódio dá vez ao vapor metálico.
Há muito tempo imaginei outra história de mudança que envolvia a cor da noite. Um homem que amava dirigir sob o amarelo nas ruas vazias da capital. Um dia uma criança entra em sua vida e ele se vê obrigado a encarar as responsabilidades da luz do dia.
Ano novo. Prometo uma postagem por dia a partir de hoje.
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